segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Floripa não é só a Ilha...

Nossa cidade é cheia de lugares belíssimos, dentro e fora da Ilha. No continente, há um lugar em especial que eu considero mágico: a Praia de Itaguaçu. Situa-se na parte continental e faz frente com a Baía Sul.
De acordo com a lenda, as bruxas da região queriam fazer uma grande festa, do tipo que se vê nas altas sociedades. Escolheram, então, a bela Praia de Itaguaçu para realizar o tal evento. Dentre os convidados, estavam as mulas-sem-cabeça, os lobisomens, os vampiros, além dos mitos indígenas: curupiras, boitatás, caiporas, etc. Porém, as bruxas decidiram não convidar o diabo para a festa, não só por seu terrível cheiro de enxofre, mas também por ser um tanto antissocial - imaginem que ele obrigava as bruxas a beijarem o seu rabo, para deixar bem claro quem é que mandava no pedaço! Ou seja, era mesmo um debochado e não merecia estar presente! No meio da festa, porém, entre bagunças e excentricidades, eis que chegou o diabo, enlouquecido por não ter sido convidado. Entre raios e trovoadas, irritadíssimo, transformou todos em grandes pedras. E, ainda hoje, as pedras podem ser vistas na Praia de Itaguaçu. Por isso, seu nome: na língua Tupi, ITAGUAÇU significa "pedras grandes" (ITA=pedra; GUAÇU=grande).



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vende-se o Morro da Cruz!

Meu pai sempre nos contava que poderia ter sido dono do Morro da Cruz. Segundo ele, na década de 50, o morro era propriedade do "Velho Duarte", um manezinho casado com D. Edwiges. O casal morava no alto do morro, numa "casa boa" de alvenaria e madeira. Lá, criavam umas poucas cabeças de gado e tinham uma pequena lavoura de policultura, para seu próprio sustento. Para chegarem em casa, utilizavam uma "picada" no meio da mata.
Na segunda metade da década de 50, o "Velho Duarte" quis vender o Morro da Cruz e ofereceu suas terras ao seu amigo, meu avô Valdemiro (carinhosamente chamado por nós de Dindinho). Na época, meu pai havia recebido uma grande quantia em dinheiro. Dindinho, então, sugeriu a compra do morro. Mas, meu pai não quis, achando que não seria um bom negócio gastar 300 contos de réis (cerca de 300 mil cruzeiros) com um "morro cheio de mato".
O senhor Dalby Verani Pereira comprou! Ele casou-se em 1957 com a professora de balé Pochi Ganzo, filha da dançarina russa Albertina Saikowska de Ganzo, dona da famosa Academia Albertina Ganzo (primeira escola de dança clássica de Santa Catarina). De acordo com meu pai, Pochi era filha do Coronel do Exército Uruguaio Juan Ganzo Fernandez, que foi quem montou a primeira companhia telefônica integrada no Estado, a Companhia Telefônica Catarinense.
Sorte de Dalby, que foi arrojado e comprou o Morro da Cruz, fazendo um excelente investimento!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sobre o Morro da Cruz...

O Morro da Cruz fica na região central de Floripa e faz parte do Maciço do Morro da Caixa. Não é o ponto mais alto da Ilha, posição ocupada pelo Morro do Ribeirão, mas acredito ser o mais famoso. Antigamente, quando Floripa se chamava Nossa Senhora do Desterro, era conhecido como Morro do Pau da Bandeira, pois tinha um posto semáforo que avisava, através de códigos, a chegada de embarcações que ainda estavam em alto mar.
Para quem vem aqui, é uma ótima dica para visitação. Do mirante do Morro da Cruz, com 285 metros de altitude, pode-se avistar as Baías Norte e Sul, além das pontes Hercílio Luz, Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, que ligam a Ilha à região continental. Do alto do morro também se pode ver as pistas do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, o Manguezal do Itacorubi e vários bairros do entorno, ou seja, é uma ótima maneira de ter uma vista privilegiada da região central da nossa linda cidade! Aliás, faz tempo que não vou ao Morro da Cruz. Mas, assim, que for, farei fotos para ilustrar o que acabo de compartilhar.

sábado, 10 de setembro de 2011

Recortes da minha memória...

Como muitos aqui da Ilha, nasci na Maternidade Carmela Dutra, primeira maternidade pública de Santa Catarina (com 56 anos de existência). Quando criança, morávamos (eu e minha família) na rua João Carvalho, no bairro Agronômica. Minha casa ficava atrás da "casa da Dindinha" (nossa avó paterna). E sabe qual era um dos nossos programas favoritos? Subir o Morro da Cruz, a pé, pela estrada velha. Isso sim é que era aventura! Eu, meu pai e meu irmão mais novo fazíamos isso aos Domingos, pela manhã. Não havia cansaço. Era sempre um desafio gostoso, com um prêmio certo: tocar na cruz que dá nome ao morro mais famoso de Floripa. Na época, havia poucas antenas de TV e rádio, nem perto da estrutura que tem hoje. Moradias? Apenas uma ou outra casinha simples, de madeira, mais na parte baixa. Ainda não havia a estrada de asfalto. Por isso, era uma aventura e tanto! E nós curtíamos muito tudo aquilo. Além das lembranças boas, ficou a paixão por trilhas...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Algumas fotos do Parque Ecológico do Córrego Grande...



Rancho de Amor à Ilha

Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto para cantar!
Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar...

O Rancho de Amor à Ilha é o hino oficial da cidade de Florianópolis, de autoria de Cláudio Alvim Barbosa (Zininho). Foi escolhido em 1965, através de um concurso promovido pela Prefeitura Municipal e oficializado pelo Projeto de Lei nº 877, de 27 de agosto de 1968, de autoria do vereador Waldemar Joaquim da Silva Filho (Caruso).