segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vende-se o Morro da Cruz!

Meu pai sempre nos contava que poderia ter sido dono do Morro da Cruz. Segundo ele, na década de 50, o morro era propriedade do "Velho Duarte", um manezinho casado com D. Edwiges. O casal morava no alto do morro, numa "casa boa" de alvenaria e madeira. Lá, criavam umas poucas cabeças de gado e tinham uma pequena lavoura de policultura, para seu próprio sustento. Para chegarem em casa, utilizavam uma "picada" no meio da mata.
Na segunda metade da década de 50, o "Velho Duarte" quis vender o Morro da Cruz e ofereceu suas terras ao seu amigo, meu avô Valdemiro (carinhosamente chamado por nós de Dindinho). Na época, meu pai havia recebido uma grande quantia em dinheiro. Dindinho, então, sugeriu a compra do morro. Mas, meu pai não quis, achando que não seria um bom negócio gastar 300 contos de réis (cerca de 300 mil cruzeiros) com um "morro cheio de mato".
O senhor Dalby Verani Pereira comprou! Ele casou-se em 1957 com a professora de balé Pochi Ganzo, filha da dançarina russa Albertina Saikowska de Ganzo, dona da famosa Academia Albertina Ganzo (primeira escola de dança clássica de Santa Catarina). De acordo com meu pai, Pochi era filha do Coronel do Exército Uruguaio Juan Ganzo Fernandez, que foi quem montou a primeira companhia telefônica integrada no Estado, a Companhia Telefônica Catarinense.
Sorte de Dalby, que foi arrojado e comprou o Morro da Cruz, fazendo um excelente investimento!

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